Mais da metade (54%) das
prefeituras brasileiras não tem um departamento ou área de TI dedicados.
É o que aponta uma pesquisa do Comitê Gestor da Internet no
Brasil (CGI.br), que ouviu 334 municípios brasileiros, cerca de 6% dos 5,5 mil
existentes hoje no país.
Nas cidades com mais de 500 mil
habitantes a presença do departamento dedicado à tecnologia da informação está
universalizada (100%). O país tem 39 municípios nessa faixa de população.
A tendência parece ser que esse
número aumente e, com ele, as cidades com profissionais dedicados
específicamente a ti.
Os municípios com menos de 500
mil habitantes são os que mais crescem no país. Entre os 8% de cidades com
altas taxas de crescimento, nenhuma possui mais de meio milhão de
habitantes.
A pesquisa também aponta que 96%
dos órgãos federais e 83% dos órgãos estaduais declararam possuir uma área ou
departamento de TI.
Além disso, entre as organizações
que possuem departamento de tecnologia da informação, 89% dos órgãos federais e
57% dos órgãos estaduais contam com um plano estratégico de TI.
Foram entrevistados 572 órgãos
públicos federais e estaduais, entre outubro e dezembro de 2013.
INTERNET
A pesquisa TIC Governo Eletrônico
2013 indica que 100% dos órgãos públicos federais e estaduais utilizou
computador e teve acesso à Internet nos 12 meses que antecedem a realização da
pesquisa.
A penetração do acesso à Internet
banda larga é alta entre os órgãos públicos federais e estaduais, mas existem
singularidades quanto ao tipo de conexão utilizada.
Enquanto a grande maioria dos
órgãos apresenta conexão via cabo e fibra ótica (98% nos órgãos públicos
federais e 93% dos órgãos públicos estaduais), a conexão via modem 3G é citada
por 84% dos órgãos públicos federais e 64% dos órgãos públicos estaduais.
Já a conexão via linha telefônica
(DSL) está presente em 33% dos órgãos públicos federais e 38% dos órgãos
públicos estaduais.
Entre os tipos de conexão menos
citados estiveram os acessos via rádio (28% dos órgãos federais e 32% dos
estaduais) e a conexão via satélite (3% dos órgãos federais e 6% dos órgãos
estaduais).
Nas prefeituras, 100% declarou
utilizar computador e ter acesso à Internet nos 12 meses que antecedem a
pesquisa.
Entre as prefeituras com conexão
à Internet, os tipos de banda larga citados foram: conexão via cabo e fibra
ótica (69%); conexão via rádio (64%); conexão via linha telefônica – DSL (55%);
conexão via modem 3G (30%); e conexão via satélite (13%).
SERVIÇOS
Os resultados da pesquisa indicam
que 94% dos órgãos públicos federais e estaduais declararam possuir website ou
página oficial na Internet. Em relação aos serviços on-line, 90% dos órgãos
públicos federais e estaduais prestaram pelo menos um serviço público, através
do website ou página oficial da Internet.
A pesquisa revela ainda que 84%
das prefeituras estão presentes na Internet por meio de um website ou página
oficial e 66% declararam que o site da entidade permitia a prestação de algum
serviço público.
REDES SOCIAIS
A TIC Governo Eletrônico 2013
constatou que a presença nas redes sociais é significativa entre os órgãos
públicos federais (88%) e estaduais (73%).
Quando analisado o tipo de rede
social, 66% dos órgãos públicos federais e estaduais estão presentes em redes
de relacionamento, tais como Facebook ou Google+, 59% estão em plataformas de
microblog, a exemplo do Twitter e 43% estão presentes em plataformas de vídeos,
como YouTube e Vimeo.
Entre as prefeituras brasileiras,
mais da metade (56%) está nas redes sociais, segundo a pesquisa. Quando esse
indicador é analisado por rede social, verifica-se que 50% das prefeituras
estão presentes em redes de relacionamento, 22% adotaram plataformas de vídeo,
e 13% estão presentes em microblogs.
PARTICIPAÇÃO
Nos 12 meses anteriores à
realização da pesquisa, 53% dos órgãos públicos federais e estaduais declararam
realizar consulta pública on-line, 28% adotaram enquetes e 18% possibilitaram a
interação por meio de fóruns ou comunidades de discussão.
Entre as ferramentas de participação
através da Internet mantidas pelas prefeituras brasileiras estão as consultas
públicas on-line (40%), as enquetes (25%) e os fóruns ou comunidades de
discussão (10%
Fonte
: Baguete Digital 2014