Fernando Silveira afirma que 40% do faturamento mensal é através da web.
'Estou sempre antenado', diz taxista, que tem um tablet e cinco celulares.
Não basta carro, combustível e ser associado a um bom sistema de rádio-táxi. Fernando Silveira, 45 anos, tem um arsenal tecnológico formado por cinco celulares, um tablet e um pacote patrocinado de banco de dados. É do uso diário dessas ferramentas que o taxista retira boa parte de sua clientela em Salvador, parte fruto do perfil que mantém no micro blog Twitter, onde é o @taxidesalvador.
“Primeiro eles me mencionam e informam que precisam de um táxi e a ferramenta me mostra a localização. Eu então respondo pela menção que o cliente me fez, mas solicito que o endereço seja me mandado por DM [Direct Message]”, conta Fernando. Pelo balanço do próprio taxista, não menos que cinco pessoas procuram os seus serviços todos os dias via rede social.
“Eles se alegram pela veracidade da coisa. Muitos tentam até para ver se é verdade e depois contam no Twitter. Mas após utilizarem pela primeira vez, eles não chamam mais pela internet, já chamam por telefone”, diz.
Percebi que as pessoas se comunicam mais pelas redes sociais"
Fernando Silveira
A estratégia de se fazer positivamente diferente em meio à frota de táxi que rodava na capital baiana começou a ser pensada há 17 anos, logo no início da carreira. À época, Salvador tinha 7.500 táxis e estimativa de 11.500 motoristas, na soma de dois por veículo, lembra.
“Quando eu me deparei com esse universo de concorrentes diretos, em 1995, eu me assustei. O meu diferencial foi gentileza, me antecipar às necessidades dos clientes e, com essas atitudes simples, de valorizar os clientes, eu passei a dirigir para uma família italiana e eles me cobravam muito a questão da comunicação, que era muito difícil naquele tempo”, recorda.
Mesmo com a resistência declarada à internet, já com apelo popular no começo dos anos 2000, um dos membros da família italiana o convenceu e ele criou o e-mail ‘fernandodotaxi’. “Eu tinha pavor, medo, medo de internet”, enfatiza. “Mas comecei a entender que ela era muito funcional, que estreitava laços, que me aproximava das pessoas. Eu fiz um cartão de visitas e as pessoas passaram a solicitar táxi através de e-mail. Percebi que a internet me abria oportunidade em um nicho de mercado, eu pesquisei e criei um site de agendamento online, que existe há nove anos. Fui perdendo o medo de internet”.
O site só pôde ser consolidado após um apelo virtual disparado, via e-mail, para uma lista de empresas de webdesigners, na tentativa de conquistar interessados na permuta confecção da página por corridas de táxi. “Lembro que meu pedido era de socorro, que eu queria fazer um site, mas não tinha condições. Até que me apareceu uma empresa, que se predispôs a criar a página e eu a deixaria hospedado no servidor. Futuramente, se quisesse sair, levaria meu layout pagando”, descreve.
Fonte Globo.com - 2012
CASO CLINICO 2 - REABILITAÇÃO ESTÉTICA 2
Há 13 anos
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