O Brasil tem grandes oportunidades para sediar serviços de computação em nuvem para a América Latina, mas há muito trabalho para superar questões de custo e os riscos que ainda envolvem essa tecnologia. Com esse objetivo, o governo, através do Ministério de Ciência e Tecnologia, vai investir em pesquisas e em “protótipos” nos próximos anos.
“O Brasil pode se tornar importante na oferta de serviços em nuvem para toda a América Latina. Já temos grandes datacenters de empresas, bancos e estatais e a tecnologia também pode ser uma forma de otimizarmos os recursos computacionais dos órgãos públicos. Mas ainda há riscos que não entendemos e considerações de ordem legal que precisam ser tratadas”, avalia o secretário de Políticas de Informática do MCT, Virgílio Almeida.
Segundo ele, o MCT vai apoiar grupos de pesquisas nos próximos anos, especialmente em universidades federais, com foco na construção de sistemas em nuvem confiáveis. “Temos casos recentes como o que aconteceu com a Sony ou com a Amazon, que deixou usuários sem acesso. São fontes de preocupação, assim como a estrutura legal, a proteção aos dados, privacidade e o que poderemos armazenar fora do país”, lembra.
Justamente por conta dos riscos de indisponibilidade do serviço, Almeida acredita que ainda é cedo para o Estado apostar em peso na computação em nuvem. Mas como ficou evidenciado em debate sobre o tema durante o 4º Consegi, realizado esta semana em Brasília, trata-se de uma tendência inevitável.
“Ainda há riscos. Basta lembrarmos que após os ataques terroristas, os Estados Unidos fecharam seu espaço aéreo por três dias. Se houver um ciberataque e eles fecharem o acesso à internet por três dias, o que acontecerá com os negócios? A nuvem é um fato, mas acredito que a criação de uma ‘nuvem nacional’ seja o segundo passo do Plano Nacional de Banda Larga”, diz o coordenador do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da Coppe, Geraldo Xexeo.
Até aqui, os custos de serviços de nuvem no Brasil ainda são superiores aos de outros países, mas há qualidades que podem ajudar na mudança desse cenário. Como lembrou o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, “a nuvem é uma oportunidade de negócios para o Brasil”. “Temos energia mais barata do que em outros países, mas ainda precisamos de banda”, ressaltou.
By Convergência Digital
CASO CLINICO 2 - REABILITAÇÃO ESTÉTICA 2
Há 13 anos
Nenhum comentário:
Não é permitido fazer novos comentários.