O Gartner divulgou neste mês dados preliminares de uma pesquisa sobre a adoção de cloud computing pelas empresas brasileiras. De acordo com Cassio Dreyfuss, vice-presidente de pesquisa da consultoria, os resultados até aqui têm sido uma surpresa: dos 54 CIOs e executivos de TI ouvidos, 80% não usa e não tem planos de utilizar computação em nuvem nos próximos meses.
Mais que isso, o cloud computing aparece apenas como a quarta prioridade destes executivos. A surpresa está na mudança de atitude. Na mesma pesquisa, realizada em 2009, os executivos brasileiros apareciam como os primeiros do mundo em interesse em cloud. Um ano depois, este interesse não se refletiu em projetos efetivos.
“O fato de termos profissionais reconhecidamente mais criativos e um mercado em busca de redução de custos deveria levar a adoção automática de cloud computing, mas não é isso que está acontecendo”, explica Dreyfuss. Ele lembra que, na pesquisa, os CIOs brasileiros apontaram três razões para o atraso nos projetos:
- os provedores brasileiros não oferecem aqui os mesmos serviços disponíveis hoje fora do País;
- os modelos de negócio dos prestadores de serviços ainda são incipientes;
- a gestão de segurança e privacidade destes provedores ainda não atingiu o nível desejado.
Além disso, há um motivo cultural. “Vejo hoje nos CIOs a mesma reação que vimos há 20 anos, com o surgimento do outsourcing”, diz o analista, lembrando que a postura tem muito a ver com o perfil dos profissionais brasileiros de TI.
Dreyfuss lembra que, no Brasil, o CIO respeitado é aquele que conhece estrutura, isso em razão de décadas de mercado fechado, período durante o qual os CIOs brasileiros tinham que se concentrar no desenvolvimento de estruturas eficientes com o que havia disponível no País. “No universo de cloud, esse CIO não tem mais importância”, diz.
O analista afirma que estes executivos precisam começar a pensar em que tipo de carreira eles querem investir no futuro. Se quiserem continuar focados em tecnologia, deverão migrar para os provedores de serviços. Se quiserem continuar nas empresas, terão que assumir, de vez, um perfil de negócios. “Se o CIO não mudar, a empresa vai passar por cima dele e fazer as coisas assim mesmo. Na era da mídia social, são os usuários quem vão exigir determinados tipos de soluções”, conclui.
Fonte: Computerworld
abraço
Carlos Maia - 51 92022717
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