Há vários sites na internet que falam sobre o mercado de trabalho no Brasil, em particular sobre o mercado de trabalho da Tecnologia da Informação. Há muita teoria do que se deve ou do que não se deve ter no currículo, sobre atitudes e como o mercado exige isso ou aquilo. Diz-se muito sobre o que as empresas procuram mas, no fim das contas, tudo é teoria. Aqui está um pouco da minha experiência com esse mercado no Brasil. Aqui falo especificamente das empresas cujo core business é tecnologia da informação e que lidam com desenvolvimento de sistemas.
Essas empresas ainda enxergam o empregado como fonte de despesas e não como geradores de oportunidades. Os empregados são meros comensais e não parte de uma equipe de trabalho integrada e concentrada no objetivo da empresa: o lucro. As pessoas querem apenas o seu no fim do mês, independentemente do que fazem. A qualidade do trabalho, de uma forma geral, não é lá essas coisas. Faz-se o mínimo aceitável. Aqueles que se dedicam de verdade conseguem apenas sobrecarga de trabalho sem nenhuma compensação, inclusive financeira.
As empresas querem ter o máximo de serviço pagando o mínimo que conseguirem fornecendo, inclusive, a menor condição de trabalho possível para viabilizar a atividade. Quem está envolvido no dia-a-dia de TI sabe do que estou falando: ambientes de trabalho constituídos sem a mínima preocupação com a ergonomia, turnos de trabalho excessivos, falta de planejamento para as férias dos empregados, etc.
Eu, como profissional de TI, tenho esperança de que essa realidade mude. Porém, será necessária uma mudança cultural profunda no brasileiro para que essa realidade seja diferente. Eu também tenho esperança de que a pressão do mercado externo, que ampliou-se com o fenômeno da globalização, ofereça impulso para que as empresas brasileiras mudem a forma como tratam seu bem maior: o capital intelectual.
Fonte: Ronaldo Faria, Desenvolvedor de Sistemas (Blog pessoal)
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