As empresas estão viciadas em dados. Um em cada três executivos diz que precisa ter acesso a mais fontes de dados para realizar suas tarefas. Porém, quase metade deles, ou seja, 46%, toma decisão errada porque se apoia em informações imprecisas ou desatualizadas. A revelação vem do estudo global “The Business Impact of Big Data”, realizado pela Kelton Research a pedido da Avanade, joint venture entre a Microsoft e Accenture.
O relatório envolveu 543 empresas de grande porte localizadas em 17 países na América do Norte, Europa e Ásia Pacífico. Os resultados foram apresentados no Brasil na manhã desta segunda-feira, 28/3, pela Avanade.
O objetivo do estudo da Avanade foi avaliar como os executivos estão lidando com o crescimento exponencial das informações corporativas. De acordo com a IDC, o volume de informações nas companhias dobra a cada 18 meses e projeções do Gartner sinalizam que as bases de dados corporativos vão aumentar 650% nos próximos cinco anos.
Na avaliação do vice-presidente e Chief Technology Officer (CTO) da Avanade, Tyson Hartman, as companhias não estão conseguindo gerenciar seus dados corretamente. Segundo ele, a quantidade de informações não estruturadas está aumentando e a falta de controles pode impactar os negócios.
Demonstração disso é que 56% dos executivos entrevistados revelaram que estão sobrecarregados pela quantidade de informações que precisam gerenciar no dia-a-dia. Outros 61% disseram que gostariam de acessá-las mais rapidamente, pois entendem que os dados são importantes para traçarem melhores previsões empresariais e reduzir as incertezas dos negócios.
Embora o estudo da Avanade não tenha abordado empresas da América Latina, Hartman acredita que a situação no Brasil e em outros países da região não é muito diferente.
Ele observa que as companhias da AL estão adotando soluções de TI mais rapidamente que os países desenvolvidos, o que contribui para ampliar as bases de dados. O CTO da Avanade diz que a popularização das redes sociais e dos dispositivos móveis também estão desafiando as empresas, pois contribuem para ampliar o volume de dados corporativos.
Tecnologia adequada
O diretor da divisão de negócios e parceiros para grandes empresas da Microsoft Brasil, acha que está mais difícil para as empresas preverem a quantidade de dados corporativos, principalmente por causa das redes sociais. Ele dá o exemplo de uma campanha lançada no Twitter, que pode trazer um volume de informações cinco vezes mais que o estimado.
Para o gerente geral da Avanade no Brasil, Jun Endo, uma das formas de as empresas melhorarem seus dados é com a adoção de tecnologias adequadas, como Business Intelligence (BI) analítico, filtros de conteúdo e uso de portais corporativos. A computação na nuvem também pode ser uma aliada nesse processo.
Não basta ter apenas tecnologia. É preciso saber como extrair informações e também treinar as pessoas”, alerta o líder de área de Tecnologia da Accenture Brasil, Ricardo Chisman. “Tem muita companhia gastando verba apenas para manter o parque de TI, como se estivesse só colocando óleo na máquina. Elas investem pouco em inovação”, constata. A recomendação do executivo da Accenture é que as empresas tentem encontrar equilíbrio para trazer mais valor aos seus negócios.
By Computerworld
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