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CERTIFICADO ISO 27002 - SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO - EXIN - 2013 - CERTIFICADO ITIL 2011 FOUNDATION

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sexta-feira, 29 de maio de 2015

O futuro da gestão de TI

Empresas terão de mudar rapidamente e serem obcecadas por eficiência, simplicidade e agilidade

     Vimos nos últimos anos uma mudança drástica nas tecnologias utilizadas nas empresas. Tudo agora é menor, mais rápido e mais poderoso. Há poucos anos, não conseguíamos imaginar a capacidade computacional que um smartphone teria, nem a velocidade de transferência de dados de uma rede 4G, ou mesmo a capacidade de storages rodando em estado sólido. Muito menos ainda, como essas coisas combinadas colocariam muitos negócios na velocidade da luz e nas nuvens.

E a aceleração deve continuar. Tudo indica que continuaremos vendo aumentos exponenciais no poder computacional, armazenagem e nas velocidades de transferências de dados, permitindo novas combinações que trarão desafios imensos para as empresas. E ainda por cima, tudo custando uma fração do que temos hoje.

E isso pode ser trágico para as empresas estabelecidas. Uma startup em Israel pode criar um negócio, tendo a sua disposição o mesmo poder computacional que concorrentes gigantes, e com a possibilidade de levá-las ao desespero.
 
Além disso, a ameaça para as empresas estabelecidas não vem somente do acesso a mais poder computacional. Mas também da agilidade necessária para introduzir novas soluções no mercado. Esta, mais do que mudanças tecnológicas, é a grande pressão nos negócios de hoje e do futuro. E também é o grande desafio para as áreas de TI em qualquer momento.

Certamente haverá uma mudança profunda na forma como fazemos a gestão da TI, ou como gostamos de falar, na forma como sentimos, pensamos e agimos em TI. A gestão de TI tem-se adaptado muito lentamente. Ainda tentamos fazer funcionar práticas que já têm mais de vinte anos. Mas o mercado não perdoa. 
 
Seremos obrigados a mudar rápido, nos tornando obcecados por eficiência, simplicidade, fluidez, agilidade, auto-organização, self-healing, redução de controle, redução de envolvimento humano. E esse futuro já está surgindo entre nós, em temas como desenvolvimento ágil de softwares, DevOps, gestão ágil de projetos, computação autônoma, Lean IT, self-healing IT, TI Bimodal (um pedacinho do que chamamos de TI antifrágil) ou mesmo a TI orgânica. 

Se não formos nós a mudar a gestão de TI, alguém o fará por nós.
FONTE: *Adriano Lima é sócio e diretor da Inmetrics S/A

novos rumos ...melhorando o BLOG

Boa tarde a todos,

Informo que este BLOG estará passando por algumas mudanças "melhorias", e que o mesmo deverá manter a mesma linha de acordo com o nosso objetivo de que o mesmo seja uma referência a mais para todos profissionais de TI e para aqueles que apreciam as novidades na área de gestão empresarial, gestão de TI, governança de TI e governança corporativa.

um abraço a todos
CARLOS R MAIA

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Não adianta perfumar o cocô

Não, você não leu errado. Mas não se assuste, caro leitor. Este é um texto para quem gosta de pensar

       
Muitos enxergam a vida sob a ótica do fatalismo. Ou seja, segundo esta corrente, seríamos todos nós meras vítimas do meio em que vivemos, do sistema político, econômico, de decisões unilaterais tomadas por Deus ou de qualquer outro fator externo alheio a nossa vontade.

A verdade é que ou acreditamos que somos autores de nosso próprio destino ou somos apenas uma latinha de Coca-Cola jogada de um lado para o outro, navegando à deriva ao sabor do vento e das ondas do fatalismo determinista.

Não costumo falar de religião por aqui, mas como o próprio conceito desta corrente exige, peço licença para falar sobre Deus. Respeito os que se posicionam como ateus e, mesmo não sendo esta a minha posição pessoal pelas evidências, crenças e experiências vividas, não vou abrir esta discussão neste post, mas sim me dirigir aos que como eu também acreditam em Deus como arquiteto do Universo.

Estudado pela filosofia, psicologia, física quântica, dentre outras fontes de conhecimento científico e religioso, o livre arbítrio é a matéria prima que combate de forma veemente os argumentos fatalistas. Segundo o livre arbítrio, somos autores de nossas decisões e estas desencadeiam suas respectivas consequências. Causa e efeito, ação e reação, planta e colhe... Ou seja, segundo esta corrente, acreditar em Deus e ao mesmo tempo pressupor um controle totalitário e fatalista seria no mínimo associar a Ele a responsabilidade por todas as nossas falhas e fracassos. Um enorme paradoxo.

No meio religioso, é muito comum associar o fatalismo com a chamada vontade de Deus, dando ênfase a afirmação de que "nenhuma folha cai sem que haja a permissão de Deus", porém deixando de lado o fato de que, segundo os próprios religiosos, a condição para se tornar um adepto de sua religião seja necessariamente tomar uma decisão pessoal e intransferível de crer e seguir a sua doutrina. Logo, se esta decisão é personalíssima e considerada fundamental, do que seríamos vítimas a não ser de nossas próprias escolhas? Sendo assim, a existência de uma vontade divina em nenhuma hipótese anularia a capacidade e autonomia que os seres humanos têm de cometerem acertos e erros.

Fazemos escolhas e colhemos as consequências de cada uma delas, somos autores e não vítimas. Temos a liberdade de escolher e a responsabilidade de arcarmos com as suas respectivas consequências. Escolhemos no presente e colhemos no futuro. Assim, você pode prever o seu futuro, olhando para o que você está plantando agora. Você pode mudar o seu futuro, mudando as suas escolhas neste exato segundo.

Pra não ficarmos apenas na filosofia, vamos para algo um pouco mais concreto:

Qual tem sido a sua escolha, MELHORAR de vida ou MUDAR de vida?

MELHORAR é manter-se conectado a um conceito antigo, apenas criando melhores condições para continuar vivendo no mesmo status quo.

MUDAR é romper com o velho em busca do novo. É colocar o insatisfatório a perder em troca da satisfação futura, porém sem garantias.

MUDAR é a essência do empreendedorismo. Já que não somos vítimas, temos escolha e o livre arbítrio para conquistarmos o que desejamos, quem quer algo novo, precisa ter a coragem de colocar em jogo o velho. Eu disse CORAGEM!

Neste quesito, não dá pra ficar em cima do muro. Agarrar-se ao velho seria sinônimo de abrir mão do novo. E a consequência dessa escolha acarretaria passar toda a vida na mesma condição, lamentando-se porque não ousou, não correu riscos e não rompeu com o velho, porque fez concessões quando ainda era jovem e acabou dando no máximo uma melhoradinha, uma perfumada no cocô. Diga-se de passagem, quanto mais se perfuma o cocô, mais ele fica fedorento...

Mas o que é ainda mais nojento do que o próprio cocô fedorento é o péssimo hábito de fazer-se de vítima, depois de todas as escolhas equivocadas feitas durante toda uma vida, dizer que viveu de forma medíocre porque essa foi a vontade de Deus...

Isso eu chamo de fatalismo místico, conveniente e hipócrita.

Pense com carinho.
Fonte: administradores.com.br by Flavio Augusto.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Como se preparar para a falta de líderes

Organizações simplesmente não estão fazendo o suficiente para desenvolver potenciais líderes, especialmente os recém-chegados e enquadrados como Geração Y

Milhões de Baby Boomers se preparam para se aposentar. Muitos desses profissionais atualmente ocupam posições de liderança corporativa de alto nível. Sua saída de cena deixará muitas vagas de gestão (C-Level) a espera de um substituto apto a ocupar aquela cadeira. O resultado de uma pesquisa, contudo, mostra um cenário curioso.
De acordo com o estudo Global Workforce Leadership encomendado pela provedora de soluções de gestão de talentos Saba Software e em parceria com a consultoria de RH WorkplaceTrends.com, poucos querem ocupar essas posições.
O instituto ouviu 1 mil profissionais de recursos humanos espalhados por oito países e constatou que menos de metade (47%) dos entrevistados acredita que tem um pool de talentos capazes de suprir uma eventual carência de executivos de gestão em suas empresas.
Mas a questão é muito mais complexa do que uma simples questão de demanda superando a oferta. A pesquisa também descobriu que uma quantidade assustadora de funcionários não estão interessados naquela sala bacana na extremidade do escritório. Apenas 11% dos funcionários das empresas aspiram um cargo de C-Level.
“O que preocupa é que, literalmente, o futuro da liderança em algumas organizações globais está em risco”, comenta Emily He, diretora de marketing da Saba. “Há mais em jogo do que a aposentadoria dos Baby Boomers. Há uma necessidade de encontrar, desenvolver e inspirar novos líderes – em todos os níveis – que vem com uma necessidade de mudar”, acrescenta.
Certamente existem talentos suficientes disponíveis para preencher as vagas deixadas pelos que se aposentam pelo tempo de serviço. O problema, então, seria de percepção, ambição e desenvolvimento profissional. As organizações simplesmente não estão fazendo o suficiente para desenvolver potenciais líderes, especialmente os recém-chegados e enquadrados como Geração Millenials (nascidos imersos em um ambiente digital).
O que é liderança?
Parte do problema, diz Emily, é que a forma como os trabalhadores definem liderança mudou de geração para geração. Enquanto os Boomers e até mesmo membros da Geração X (nascidos nos anos 80) tendem a associar a liderança com funções de gerenciamento e títulos C-Level, os nativos digitais mais jovens encaram o termo mais como algo de situação.
“Fizemos uma pesquisa recente que revelou que 68% dos empregados da geração millenial já se consideram líderes, independentemente do seu título. Eles acreditam que têm a capacidade de exercer influência sobre a sua organização e, assim, conseguir exercer certo domínio em sua área de atuação e ajudar na orientação ou a guiar outras pessoas”, observa a diretora.
Dito isto, o relatório conclui que apenas 11% deles almejam uma posição de diretoria formal e apenas 10% pretende ocupar um papel de liderança tradicionalmente definido.
“Enquanto as empresas ainda estão definindo liderança de uma forma tradicional, através de títulos de gestão e escritórios executivos, para a maioria dos trabalhadores mais jovens, trata-se de algo situacional e é muito pessoal a forma como as pessoas abraçam o fato de ser um líder em virtude de suas ações e seu impacto. A experiência supera título em si”, comenta.
Assim, talvez tenha chegado a hora de as empresas começarem a redefinir o que significa o termo liderança em parâmetros modernos. Isso implicaria ir além das descrições de trabalho para passar a encarar o fato de acordo com o impacto real que as pessoas conseguem obter a partir de suas atitudes de guiar os rumos da organização.
Infelizmente, os esforços da maioria das empresas no desenvolvimento da próxima geração de líderes estão errando o alvo. Pelo menos é o que mostra a pesquisa, que aponta que quase metade (46%) das organizações informa que a liderança era a habilidade mais difícil de se encontrar em funcionários.
Das empresas que responderam à pesquisa, 39% possuem programas de desenvolvimento de líderes. Contudo, apenas 15% dos empregados dessas companhias sentem que a formação que recebem é prepará-los para a sua próxima posição.
Hoje, os funcionários estão à procura de rumo personalizado para suas carreiras. Na verdade, o levantamento mostra que a maioria dos funcionários busca feedback trimestral ou semanal, bem como acesso ao desenvolvimento de carreira onde quer que estejam. Eles esperam que esses treinamentos oferecidos venham através de conteúdo atrativo, da mesma maneira que consomem séries da Netflix em suas casas, revela a pesquisa.
Percepção X realidade
Os resultados do estudo mostram um grande contraste entre o que os funcionários querem de suas organizações e a realidade que lhes cerca. Metade (52%) das empresas realiza avaliações anuais de desempenho, sendo que 58% das companhias usam planilhas para realizar esse processo.
Menos de 25% das empresas entrevistadas utilizam recursos avançados de tecnologia, como big data, métricas de visualização, análise preditiva ou aprendizado de máquinas para obter insigths e maximizar o desenvolvimento de talentos.
“O que descobrimos é uma grande desconexão entre o que os funcionários querem e que os empregadores oferecem em termos de formação, desenvolvimento continuado, mentoria, orientação e feedback”, comenta Dan Schawbel, fundador da WorkplaceTrends.com. “A maioria das empresas ainda estão usando livros, planilhas, manuais; ao passo que os funcionários estão procurando ferramentas online passíveis de serem acessadas através de dispositivos móveis”, acrescenta.
E quando as organizações não investem no desenvolvimento de seus recursos humanos, os colaboradores sentem-se menos engajados e interessados na continuidade do trabalho para aquela organização.
“Se você é do RH, provavelmente, está vendo uma mudança profunda acontecer diante de seus olhos. Suponha-se que saiba, melhor do que ninguém, o que como conduzir as atividades de desenvolvimento de talentos. Contudo, esses gerentes de recursos humanos precisam levar em conta que, em 2020, metade de sua força de trabalho vai ser da geração Millennial. A menos que você comece agora a adaptação cultural necessária, o desenvolvimento profissional e o planejamento de sucessão de lideranças, estará em apuros”, diz Schawbel.
E como lidar com o contexto
Mas como as empresas podem adotar uma postura proativa e fugir de uma eventual crise de sucessão? Existem três principais áreas de ênfase, afirma Emily He, da Saba. Em primeiro lugar, ela avalia que é necessário repensar a relação entre empregador e empregado e perceber como isso mudou de geração em geração.
“No passado, os funcionários passavam longos períodos de tempo trabalhando para um empregador. Lá, seguiam um caminho através de promoções, avançando cargos gradualmente. Esse não é mais o caso”, comenta. Para a diretora, o cenário torna a ideia de que uma empresa possui um pool de talentos de liderança “no banco” de recursos humanos algo completamente obsoleto.
Tanto empresas quanto trabalhadores devem entender que o prazo médio de permanência de um profissional em uma organização agora é (bem) inferior a uma década. Por isso, deve-se manter alinhamento de expectativas claras sobre como se desenvolverão as relações de trabalho e como qualidades de liderança podem ser maximizadas durante esse curto espaço de tempo.
Em segundo lugar, as práticas de gestão de talentos devem ser revisto. Promover o envolvimento dos funcionários e melhorar a cultura corporativa vai ampliar a felicidade dos funcionários e as taxas de retenção, o que irá capacitar lideranças de todos os níveis da organização.
“Estes desejos dos funcionários por avaliações de desempenho mais frequentes, orientação mais próximo, desenvolvimento e treinamento forma um laço forte entre as partes. Ao mostrar que está investido no contínuo crescimento e sucesso de seus recursos humanos, a empresa aumenta o engajamento e produtividade. É uma vitória para ambas as partes”, cita.
Em terceiro lugar, as empresas devem tirar proveito da tecnologia para melhor gerir os seus processos de talentos; desde a busca até atração, aquisição, contratação, desenvolvimento e formação de pessoas.
“As gerações atuais e futuras são tecnológicas. É uma boa oportunidade usar análise preditiva e orientação prescritiva para moldar suas carreiras. Ao alavancar recursos computacionais em todos os aspectos de seu processo de gestão de pessoas, a empresa pode ajudar a fortalecer a liderança, mas também identificar os líderes em todos os níveis”, detalha.
O ponto de partida
“As empresas precisam repensar suas estratégias de gestão de talentos e engajamento de funcionários em programas personalizados de carreira e de desenvolvimento, bem como usar ferramentas acessíveis e sistemas de rastreio e um foco na redefinição e liderança, em todos os níveis corporativos. Isso ajudará a cumprir as metas de crescimento e inovação que as empresas necessitam”, observa Schawbel
fonte CIO DIGITAL 2015

sexta-feira, 17 de abril de 2015

A origem das 8 horas de trabalho e por que devemos repensá-las

Dividir a jornada em ciclos menores e trabalhar menos tempo, acredite, pode ser mais produtivo

   
Um dos elementos imutáveis da nossa vida hoje é o ideal de horas que devemos trabalhar - generalizando, todas as pessoas com quem conversei me disseram algo em torno de oito horas ao dia. E os dados estatísticos confirmam isto. Os americanos trabalham em média 8,8 horas todos os dias. Ao menos essas foram as estatísticas oficiais do Bureau of Labor Statistics (Escritório de Estatísticas do Trabalho, algo equivalente ao Caged no Brasil). Para a maioria de nós, a quantidade de horas trabalhadas diariamente por uma pessoa não é, necessariamente, um fator decisivo sobre sua eficiência ou produtividade. Ao menos é isso o que acho a partir da minha própria produtividade. Então, qual é, afinal, a jornada de trabalho diária ideal?
Com histórias de sucessos de pessoas que trabalham quatro horas por semana e outras de gente que trabalha 16 por dia, fica difícil saber se existe um tempo ideal. Então, em vez de seguir os meus instintos, que geralmente falham, eu decidi pesquisar sobre as horas de trabalho e como otimizá-las em prol da sua felicidade e sucesso. 

Em primeiro lugar, por que trabalhamos 8 horas diárias? 

Vamos começar com o que nós temos agora. As típicas oito horas de trabalho. Mas como nós inventamos isso? A resposta está escondida na história da Revolução Industrial. No final do século 18, quando as empresas começaram a maximizar seus lucros, as fábricas funcionavam sem parar, em regime 24/7. Para tornar as coisas mais eficientes, as pessoas tinham que trabalhar mais. A norma era que as pessoas trabalhassem entre 10 e 16 horas.  
Essas horas laborais incrivelmente longas estavam insustentáveis até que um homem corajoso chamado Robert Owen começou uma campanha para que essas pessoas não trabalhassem mais que 8 horas por dia. Seu slogan era "oito horas de trabalho, oito horas de lazer, oito horas de descanso." Não demorou muito para que a Ford implementasse, de fato, as oito horas diárias e mudasse os padrões.
Uma das primeiras empresas a implementar foi a Ford Motor Company, em 1914,  que não apenas rompeu com os padrões implementando as oito horas, mas também dobrando os salários dos empresários. Para a surpresa de muitas indústrias, isso resultou na mesma produtividade desses trabalhadores, mas em menos horas, aumentando a margem de lucro da Ford no período de dois anos. Isso incentivou outras companhias a adotarem um padrão de oito horas para os seus empregados.
Então, aqui está a razão pela qual nós trabalhamos 8 horas por dia. Não é científica ou pensada. É simplesmente uma norma secular para tornar as fábricas mais eficientes. 

Medir energia, não tempo

A quantidade de horas que nós trabalhamos todos os dias é pouco importante na economia criativa de hoje.
O foco correto está na sua energia, de acordo com o famoso autor Tony Schwartz: "administre sua energia, não seu tempo", diz ele.
Schwartz explica que, como humanos, nós temos quatro tipos de energia para administrar todos os dias:
1. Sua energia física - Quão saudável você está? 
2. Sua energia emocional - Você está feliz?
3. Sua energia mental - Você está conseguindo se concentrar?
4. Sua energia espiritual - Por que você está fazendo tudo isso? Qual o propósito? 
Uma das coisas que nós esquecemos é que, como humanos, nós somos diferentes das máquinas. Na essência, isso significa que as máquinas funcionam de forma linear e humanos se movem em ciclos. 
Para ter um dia produtivo, que respeite nossa natureza humana, a primeira coisa a se fazer é focar nos ritmos ultradianos. O entendimento básico é que a mente humana pode se concentrar em qualquer tarefa por 90 a 120 minutos. Após isso, é necessário um intervalo de 20 a 30 minutos para nós nos renovarmos e atingirmos uma boa performance para a próxima atividade. 
Então, em vez de pensar "o que eu posso fazer em oito horas no dia", eu comecei a pensar sobre o que eu posso fazer em uma sessão de 90 minutos. Agora que sabemos que precisamos dividir tudo em intervalos de 90 minutos, é hora de quebrar esses 90 minutos em novas sessões. 

O centro de um dia produtivo no trabalho: foco

O ponto crucial para entender como o trabalho flui está em como nós podemos nos concentrar. Em um ótimo projeto de pesquisa, Justin Gardner descobriu que para se concentrar de verdade o nosso cérebro utiliza um processo de 2 passos:
1 - Aumento da sensibilidade - Significa que você pode ver uma cena e pegar as informações apresentadas. Então, você foca naquilo que precisa da sua atenção. "Como uma foto embaçada que lentamente vai se focando", descreve Lifehacker. 
2 - Seleção eficiente - Isto é o "zoom" de quando estamos realizando uma tarefa. Isso nos permite entrar no que Mihály Csíkszentmihályi chama de estado de fluidez. Agora nosso trabalho começa de verdade.

A figura a seguir descreve melhor:
Na figura A, como nosso cérebro se apresentou com apenas uma tarefa, nós podemos separar as distrações (azul) do que é realmente importante (amarelo). Na figura B, como nós apresentamos várias tarefas ao mesmo tempo, nosso cérebro está se distraindo com mais facilidade e combina as tarefas atuais com as distrações.
A conclusão que Gardner sugere dos seus estudos é que nós tenhamos ambos:
- Pare  de fazer várias tarefas para evitar se distrair no seu ambiente de trabalho
- Elimine as distrações mesmo quando você só tiver apenas uma tarefa para cumprir
Parece muito óbvio, não é? Ainda assim, é mais fácil dito do que feito. A boa notícia é que ao final você pode transformar sua estrutura cerebral de aprendizado para foco.

Quatro dicas para melhorar seu dia de trabalho

- Aumente a relevância das tarefas
Muitos de nós ainda se esforçam para encontrar foco, especialmente se ninguém estabeleceu um deadline. Substituir seu sistema de atenção e criar seu próprio deadline, junto a uma recompensa, mostrou ser uma das melhores maneiras de melhorar o desempenho para completar as tarefas de acordo com o pesquisador Keikuke Fukuda. 
- Divida o seu dia em períodos de 90 minutos
Aqui está algo que eu comecei a fazer. Em vez de olhar para 8, 6 ou 10 horas de trabalho, divida o dia e perceba que você tem 4,5 ou tantos períodos de 90 minutos. Dessa forma, você terá quatro tarefas que pode fazer todos os dias com mais facilidade.
- Planeje seu descanso para que você possa de fato descansar
“A pessoa que está mais em forma não é aquela que corre a maior distância, mas a que otimizou seu tempo de descanso", disse Tony Schwartz. Muitas vezes, nós estamos tão ocupados planejando o nosso trabalho, que esquecemos 'como' descansar", afirma. Planeje de antemão o que vai fazer no seu descanso. Aqui algumas ideias: dormir, ler, meditar, lanchar.
- Zero notificações
Uma das melhores ideias que eu já tive foi seguir o conselho de Joel sobre Zero Notificações. Não ter nenhum contador no meu celular ou no computador mudando de 0 para 1 e sempre tirando minha atenção foi uma grande ajuda. Se você ainda não tentou isso, tente fugir de qualquer elemento digital que pode alertar. 
Pessoalmente, minha vida mudou completamente desde que implementei essas ideias. E eu não poderia estar mais feliz. Eu ganhei os dois: produzo mais e estou mais satisfeito, ao mesmo tempo.
Fonte: administradores.com

segunda-feira, 6 de abril de 2015

5 características essenciais para o profissional de TI do futuro

Veja as apostas da Exceda sobre o perfil dos trabalhadores em uma nova era da computação.


O mercado de tecnologia da informação se desenvolve de forma acelerada. Com frequência, vemos novas ondas se formarem. Recentemente, conceitos como mobilidade, cloud computing, big data, impressão 3D e internet das coisas começaram a avançar de forma intensa sobre estruturas organizacionais e têm levado a TI para patamares ainda mais elevados.
O momento é de digitalização dos negócios. Com isso, elevam-se padrões de competitividade e exige-se uma postura mais dinâmica das organizações.Nesse contexto, para se destacar no mercado, o profissional de TI precisa estar atento a novidades e desenvolver competências que o certificam a conquistar novos cargos.
Executivos da provedora de tecnologia Exceda listaram cinco características que pautarão o futuro dos trabalhadores de área. Veja se concorda com o perfil desenhado:
1. Autodidata - A velocidade com que ocorrem as atualizações e surgem novas tecnologias tornam obsoletos até mesmo os treinamentos mais atuais. Ainda, o grande volume de informações disponíveis na internet democratiza o estudo. Sendo assim, o profissional que deseja despontar na carreira deve buscar informação proativamente e estar atento aos movimentos de empresas do setor e tecnologias emergentes.
2. Capaz de trabalhar em equipe - Ponto fundamental para qualquer profissional, principalmente os da área de TI, pois lidam com todas as áreas da empresa e em projetos com grandes equipes. Ainda, ultrapassam as fronteiras da organização uma vez que interagem, por exemplo, com equipes de suporte e fornecedores do mundo todo.
3. Bilingue - A fluência em inglês é imprescindível e não há muito que discorrer sobre um quesito tão pontual e objetivo. Ainda assim, vale explicar que muitas informações sobre as tecnologias estão nesse idioma e, mundialmente, boa parte das empresas o adotou como língua mestra. Por isso, ele faz parte das competências necessárias do profissional que escolhe atuar em TI.
4. Com visão de negócio - O profissional de TI sustenta a estratégia de negócios fazendo com que a tecnologia atenda as necessidades da empresa e seus colaboradores. Por isso, ele deve compreender holisticamente o negócio e seu mercado, considerando a tecnologia da informação como ferramenta estratégica para alavancar os negócios.
5. Fator comportamental - Por último, porém, não menos importante, é necessário que o profissional compreenda seu papel fundamental no todo, seja em um projeto ou processo. Ainda, que tenha sensibilidade para perceber seus pontos fortes e francos bem como o de seus colegas, a fim de aplicar o seu melhor para a entrega de um resultado. O profissional de TI não pode mais basear-se apenas em seu conhecimento técnico, ele precisa saber lidar com pessoas, liderar projetos, mediar conflitos e muito mais.
Fonte: CIO DIGITAL 2015

quinta-feira, 19 de março de 2015

TOTV´s ADQUIRE 60% DA NEOLOG -SP

Contrato prevê ainda a possibilidade de compra futura  total da empresa entre 2018 e 2020.
Desenvolvedora paulista de software na nuvem soma em carteira de frete mais de R$ 3 bilhões por ano.
A TOTVS, reforça sua estratégia de segmentação e anuncia, hoje, a compra de 60% do capital social da empresa Neolog, desenvolvedora de software para o mercado de Logística e Supply Chain Management, por R$ 15,547 milhões.
Sediada em São Paulo, a empresa atua no mercado há mais de 10 anos provendo soluções de gerenciamento de rota e malha logística. A nova aquisição especializada vem complementar o portfólio da TOTVS voltado a clientes dos mais diversos segmentos com necessidades de otimização de seus recursos logísticos. Baseada no modelo SaaS (Software como Serviço), a Neolog atende clientes de grande porte como Gerdau, Amanco, Whirpool, Magazine Luiza e Votorantim Cimentos. Em conjunto a outras empresas, a Neolog soma uma carteira de frete de mais de R$ 3 bilhões por ano. Sua estrutura conta com mais de 50 funcionários e, em 2014, registrou receita líquida de R$ 9,1 milhões.
“Com esse movimento, a TOTVS reforça a sua estratégia de especialização e seu posicionamento no atendimento à toda a cadeia de abastecimento. Combinamos os produtos e o conhecimento especializado da Neolog com a força da nossa capilaridade. Juntas, vamos explorar as oportunidades de otimização de custos e ganhos de eficiência em um setor chave para a economia brasileira”, destaca Gilsinei Hansen (foto), vice-presidente de Segmentos e Sistemas da TOTVS.
O contrato prevê, ainda, o pagamento de um valor variável, o qual deverá ser desembolsado de acordo com o cumprimento de determinadas metas estabelecidas para o Neolog até 30 de junho de 2016. Além disso, está prevista a compra futura pela TOTVS da participação societária remanescente da Neolog, a qual poderá ser executada entre janeiro de 2018 e o mesmo mês de 2020, por um valor baseado em métricas de performance da Neolog.
“Estamos confiantes de que o passo dado é o melhor caminho para uma oferta ainda mais completa e acessível a empresas de todo o Brasil. Unimos expertises para consolidar uma nova forma de se pensar a logística. Nosso objetivo é apoiar o setor no seu desenvolvimento estratégico com soluções especialistas e 100% aderentes”, finaliza Danilo Campos, CEO da Neolog.
Fonte: PORTAL ERP

segunda-feira, 16 de março de 2015

MEV para Todos Profissionais de TI

Trabalho frequente fora do horário normal, projetos com prazos apertados, atualizações de sistemas realizadas à noite para minimizar os impactos, problemas em equipamentos sem hora para ocorrer, concorrência alta, plantões durante o final de semana, necessidade diária de se manter atualizado sobre novas tecnologias, entre outras características, criam um ambiente perfeito para a expansão do estilo de vida imperfeito e desqualificado dos profissionais de Tecnologia da Informação

O advento da comercialização desenfreada dos serviços de TI, aumentaram enormemente os lucros e a presença, hoje necessária, da Tecnologia em todo e qualquer negócio existente; porém, o principal prejudicado com esta situação, como sempre, é o profissional da área de TI.
Imagem via Shutterstock
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Alimentação desregrada, abastecida pela infinidade de deliveries e fast foods que entregam no escritório, ausência de tempo para a prática esportiva, dificuldade para tirar férias, atestados médicos frequentes, distanciamento da família e amigos, são algumas consequências encaradas face a face pelos “caras” da informática, em nome de lucros, prazos e sucesso nos negócios.
Não é à toa, que o grande desafio das Áreas de RH das empresas de TI é criar e implementar formas de melhorar a qualidade de vida dos colaboradores. Mas cá entre nós, quem é da área sabe que é muito discurso pra pouco resultado.

Esta situação cria algumas situações preocupantes como esta que vou contar:

Vítima desta nova ordem da baixa qualidade de vida, com sintomas como cansaço, excesso de peso, picos de pressão alta, dores de cabeça, problemas de visão e algumas coisinhas mais, resolvi me preocupar mais comigo. Parti para a realização de um check-up. Baterias de exames e consultas em mãos encaminhei-me para o cardiologista, após interpretação dos dados o vi prescrever, em letras quase ilegíveis (marca registrada dos nobres portadores de estetoscópios) e papel timbrado da clínica, a seguinte recomendação médica: “MEV – Todos os dias da semana” – ao ler a receita, no alto de minha inocência, perguntei que remédio era esse que nunca ouvira falar e por quanto tempo eu teria que tomá-lo. Entre sorrisos comedidos ele me respondeu: “MEV é Mudança de Estilo de Vida e o faça rápido e todos os dias para todo o sempre, se não quiser encurtar sua participação na história.”
Saí do consultório até feliz por não ter que comprar remédios, mas logo comecei a analisar tudo que teria que fazer para cumprir aquela bendita prescrição médica trabalhando nesta área… entre risos, cheguei a conclusão que tomar vários comprimidos ao dia seria mais fácil de cumprir.
Após uma noite de sono revigorante, repensando minha vida, vi que o primeiro passo para executar essa MEV era arregaçar as mangas, esquecer os obstáculos e criar metas para minha vida pessoal, assim como coloco para a profissional.
Coloquei aqui algumas dicas e pensamentos que julgo necessário para uma mudança desse tipo:
  • Esqueça o Mac Donalds, leve sua comida de casa, capriche nas frutas, saladas e diminua o consumo das frituras e doces.
  • Mantenha sempre um colaborador a par do que está fazendo e o mostre como fazer. Isto facilitará, além de uma promoção profissional, suas férias e os plantões do final de semana podem ser repartidos.
  • Saiba delegar tarefas, desapegue e deixe de tentar abraçar todas atividades.
  • Saia com seus amigos e família; vá a cinemas, bares, teatros e museus, em companhia daqueles que nos querem bem.
  • Viaje sempre que possível, mesmo que por pouco tempo, ela serve para esquecer os problemas e renovar seu espírito para a luta diária de cada dia.
  • Durma pelo menos 8h por dia. Sei que é difícil, mas você vai notar a diferença no dia seguinte.
  • Leia livros técnicos, mas nunca se esqueça dos romances e épicos, eles levam sua imaginação a lugares e épocas que, fisicamente, você provavelmente nunca poderá ir.
  • Pratique exercícios físicos, qualquer que seja. Eles melhoram sua respiração, seu coração, sua concentração, seu sono, aumentam sua imunidade e ajudam organizar seus pensamentos.
  • Faça amor; nem preciso comentar os benefícios desta prática, não é? :)
Lembre-se que os negócios da empresa continuarão sem você, por mais doído que seja esse fato, e finalmente entenda: O sucesso profissional de nada vale se você não estiver apto para colher os frutos.
Mude sua vida, enquanto é tempo!
Fonte: administradores.com.br,  by Rafael Sá Oliveira

quinta-feira, 12 de março de 2015

O que, de fato, é internet das coisas e que revolução ela pode trazer?

 

A resposta saberemos nos próximos anos, mas uma coisa é certa, uma nova revolução digital está prestes a acontecer.
 
Há alguns anos, devido ao crescimento exponencial no número de pessoas com acesso a computadores e a internet, se tornou bastante comum ouvirmos especialistas afirmarem peremptoriamente que estávamos vivenciando um marco em nossa história, a “era da inclusão digital”. O Brasil, por exemplo, atingiu em 2014 o incrível número de 86,7 milhões de habitantes plugados na rede mundial de computadores, o que representa mais de 50% de sua população, segundo dados do IBGE.
De fato, a internet mudou definitivamente o nosso cotidiano, pois permitiu, sobretudo, uma velocidade de acesso a informações que até então não tínhamos. Mas se a internet “das pessoas” pode ser considerada uma verdadeira revolução, creio que ainda não exista em nosso dicionário uma palavra para classificar as iminentes mudanças que a “Internet das Coisas” (Internet of things) pode nos proporcionar.
Mas o que é a Internet das Coisas? Para você que ainda não conhece o termo, a Internet das Coisas é um conceito no qual dispositivos de nosso dia a dia são equipados com sensores capazes de captar aspectos do mundo real, como por exemplo, temperatura, umidade, presença, etc, e envia-los a centrais que recebem estas informações e as utilizam de forma inteligente.
Ok, mas e na prática? Como a Internet das Coisas pode ser aplicada em nossas vidas?  Ainda é cedo para dizer, pois novas idéias surgem a todo momento. Diversos eventos e amostras acontecem constantemente e mostram casas “inteligentes”, que por exemplo permitem que o dono acenda e apague as luzes de qualquer lugar pelo smartphone, porta da garagem que abra sozinha ao detectar que o carro está se aproximando, porta de casa que dispensa chave e abra pelo telefone ou reconhecimento facial, e diversas outras idéias que ainda parecem um pouco distantes de se tornarem comerciais. Mas podemos citar alguns exemplos que já existem à venda no mercado:
• Sensor Nike + Apple. Já disponível no site da Apple, trata-se de um sensor Nike que deve ser colocado embaixo da palmilha do tênis. Através de seu smartphone ou Ipod, você define, por exemplo, a distância que pretende correr, quantas calorias deseja perder, o seu trajeto e até mesmo uma lista de músicas para ouvir durante o seu exercício. Ao finalizar esta atividade, todas as informações são enviadas automaticamente para o site nikeplus.com, onde o postulante a Usain Bolt pode acompanhar todo o seu histórico de corridas, acompanhar sua evolução e até dividir seus resultados.
• Caixa de Remédios Inteligente AdhereTech. A Adhere Tech desenvolveu uma embalagem inteligente de remédios que avisa ao paciente o horário em que ele precisa tomar seus medicamentos. A embalagem possui um sensor capaz de identificar se a mesma foi aberta ou não, além de controlar a quantidade de medicamento que ainda resta, avisando com antecedência quando o medicamento estiver próximo de terminar. A embalagem inteligente envia as informações para o servidor da empresa que pode mandar alertas para os pacientes através de sms, e-mails e até ligações telefônicas. Além disso, a própria embalagem emite uma luz vermelha e um bipe sonoro, sempre que o paciente não tomar a medicação no horário correto.
• Refrigerador Inteligente Samsung. Geladeiras inteligentes são talvez o mais comum dos exemplos quando falamos sobre Internet das Coisas. O refrigerador Samsung RF28HMELBSR/AA, por exemplo, é equipado com uma tela LCD capaz de reproduzir a tela de seu smartphone no refrigerador. É possível reproduzir vídeos e músicas, consultar a previsão do tempo e até mesmo fazer compras online enquanto verifica na geladeira os itens que precisam ser comprados. O refrigerador traz ainda um app chamado Epicurious, que permite a consulta de receitas online.
O que devemos esperar do futuro da Internet das Coisas?
Segundo dados divulgados pelo Gartner, em 2015 o número de dispositivos conectados à Internet das Coisas (IoT) deve chegar a 4,9 bilhões, um aumento de 30% em relação a 2014. Ainda segundo o Gartner, os investimentos em Internet das Coisas devem chegar a US$ 69 bilhões em 2015 e alcançar quase US$ 300 bilhões em 2020.
Segundo muitos especialistas, um dos grandes obstáculos da Internet das Coisas é a interoperabilidade entre os dispositivos, devido aos diferentes protocolos que atualmente podem ser utilizados por eles para a troca de informações. Acredito, porém, que este desafio será vencido em um futuro muito próximo, dada a quantidade de empresas de peso que se uniram em prol do desenvolvimento de um padrão de comunicação para estes dispositivos.
Particularmente, creio que o principal desafio da Internet das Coisas é conseguir utilizar a tecnologia para oferecer itens realmente úteis em preços acessíveis ao consumidor final. A Internet das Coisas não pode ser uma gincana onde a empresa que mostrar o mais alto nível de tecnologia sairá vencedora. Afinal, o fato de algo ser possível não quer dizer que deva ser feito. Será que o valor gasto em pesquisas (e o valor cobrado do cliente final) é justificável para que tenhamos uma geladeira com acesso à internet?  Ao invés disso, será que um dia nosso refrigerador poderá se comunicar com nosso carro e, ao detectar que estamos próximos a um mercado, poderá enviar para nosso smartphone uma lista de compras baseada nos alimentos que estão acabando ou vencendo em nossa geladeira?
Indubitavelmente, a possibilidade de instalar sensores e coletar informações de dispositivos que antes nunca foram monitorados é a grande aliada da Internet das Coisas, mas o que pode ser feito com estas informações ainda é a grande pergunta.  A resposta saberemos nos próximos anos, mas uma coisa é certa, uma nova revolução digital está prestes a acontecer.
Fonte:
Rodrigo Nascimento é diretor de operações da FNC IT.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Considerações da TI para o home office

Quando bem executadas, as políticas de trabalho a distância podem ter muitos benefícios, incluindo diminuição dos custos de infraestrutura, funcionários mais contentes e aumento do fluxo de caixa

As empresas brasileiras estão lutando com o impacto que as atuais restrições de recursos e interrupções de energia, além de outros fatores, estão tendo nos resultados financeiros. Muitas empresas estão pensando agora em tratar essa escassez de recursos permitindo que seus funcionários trabalhem de casa. Quando bem executadas, as políticas de trabalho a distância  podem ter muitos benefícios, incluindo diminuição dos custos de infraestrutura, funcionários mais contentes e aumento do fluxo de caixa. Antes de se aprofundar na implementação de programas de home office, no entanto, as empresas (e seus departamentos de TI) devem ter em mente as mudanças que suas organizações terão que fazer para apoiar os funcionários remotos de forma eficaz.
Primeiro, eles devem pensar em uma política de home office como oportunidade comercial benéfica, e não como uma necessidade.
Entre os benefícios do home office estão:
1 - Custos reduzidos de infraestrutura: O espaço de escritório é caro, assim como outros custos com instalações, manutenção, equipamentos, móveis e outros custos do dia a dia. O dinheiro economizado quando os funcionários trabalham de casa (negando a necessidade de espaço físico de escritório) pode ser desviado do orçamento de marketing, das melhorias operacionais e de outras métricas relacionadas aos serviços que podem aumentar a rentabilidade do negócio.
2 - Aumento da produção e eficiência de trabalho: Os profissionais que trabalham de casa evitam o deslocamento físico diário para o trabalho, economizando-lhes tempo e frustração e permitindo-lhes flexibilidade para fazer mais em casa. Eles também podem personalizar seus próprios ambientes de trabalho, criando a atmosfera certa e o nível sonoro confortável, além de outras preferências que lhes permitam trabalhar de forma mais eficaz. O trabalho independente também cria maior potencial individual à medida que os funcionários percebem que têm de assumir uma maior responsabilidade; assim são criados os líderes. Sem os gerentes sobrevoando a área, os funcionários têm poder para tomar suas próprias decisões, apropriar-se das tarefas, gerenciar cronogramas e gerar resultados finais. Isso gera uma cultura de liderança que ajuda a organização a criar excelência consistente.
3 -  Maior satisfação do funcionário e menor rotatividade de pessoal: Os funcionários em potencial podem considerar o trabalho em casa um benefício e se sentir altamente motivados na presença dessa opção. E os atuais funcionários podem se sentir inclinados a ficar na empresa que permite essa prática profissional, pois isso pode se revelar mais fácil para os funcionários quando se deparam com mudanças de vida (como criar uma família), que poderiam fazer com que o funcionário saísse da empresa. Em um mercado no qual a competição por recursos qualificados é feroz e a manutenção de uma base de funcionários qualificados se mostra um desafio, qualquer benefício que uma empresa pode ganhar – por menor que seja – vale a pena tentar.
Com uma perspectiva nova e otimista sobre a forma como as políticas de home office podem apoiar uma empresa, as equipes de TI precisam pensar nos processos e recursos de que necessitam para que os funcionários remotos sejam produtivos e bem-sucedidos.
1 - Conectividade é fundamental: Para que o trabalho em casa realmente funcione para uma organização, os funcionários devem ter uma conectividade quase instantânea com a infraestrutura de TI da empresa. Para manter a eficiência, as conexões com a infraestrutura de TI a partir dos escritórios em casa devem ser quase tão boas quanto a conexão de dentro das paredes do escritório corporativo. No mínimo, isso vai exigir uma solução de VPN robusta e fácil de usar – com ênfase extra na parte "fácil de usar". E nem precisa dizer que os funcionários remotos vão precisar de uma conexão confiável de alta velocidade para a Internet.
2 - Apoie os funcionários onde quer que estejam: Apoiar os funcionários remotos é muito parecido com apoiá-los na própria empresa – só que mais difícil. Manter a produtividade dos usuários finais significa conseguir lhes fornecer suporte de TI, não importa onde estejam. Ao investir em uma ferramenta de suporte remoto para uma força de trabalho distribuída, insista nas seguintes características:
2.1 - Proteja as conexões remotas nos computadores localizados fora do firewall, sem a necessidade de uma conexão VPN caso o serviço seja interrompido
2.2 - Integração com uma solução ITSM para garantir um suporte mais rápido e registro de sessão diretamente para os tíquetes de TI
2.3 - Conexões dos dispositivos móveis para aqueles momentos em que a equipe de TI está longe do escritório ou em uma ligação durante a noite ou os finais de semana
2.4 - Ferramentas incorporadas de resolução de problemas, como gerenciamento AD e administração remota, que complementam o controle remoto básico
3 - Mantenha a integridade da sua infraestrutura de TI:  O monitoramento da rede, dos servidores e dos aplicativos é uma parte vital de qualquer política bem-sucedida de trabalho em casa. Os funcionários precisam ter acesso rápido a recursos importantes como compartilhamentos de arquivos e aplicativos de linha de negócios. Se você não estiver monitorando o desempenho da rede, do servidor e dos aplicativos, você não vai conseguir identificar potenciais problemas antes que surjam e vai encontrar problemas de desempenho muito mais difíceis de solucionar. Procure uma solução integrada que lhe ofereça visibilidade, dos aplicativos às máquinas virtuais, passando pelos dispositivos de armazenamento aos segmentos de rede.
4 - Tudo antigo fica novo outra vez: Se você estiver implementando uma política de trabalho em casa, talvez você tenha esquecido o serviço de telefone. Será que seus trabalhadores remotos participam das reuniões? Se participam, eles vão precisar de uma maneira confiável para fazer ligações telefônicas. Não confie nas redes instáveis de celular. Implemente um sistema de VoIP que permite que os funcionários remotos usem um telefone por IP de alta qualidade usando a conexão de Internet.
Falando de tecnologia antiga que renasce para o trabalhador remoto moderno, não se esqueça de uma solução confiável de transferência gerenciada de arquivos (MFT, Managed File Transfer). O MFT é a evolução do File Transfer Protocol (FTP) e oferece aos departamentos de TI muito mais controle sobre como, quando e por quem os arquivos são compartilhados em uma organização. Sem uma solução de MFT implantada, você pode apostar que os funcionários, dentro e fora do escritório, vão compartilhar os arquivos sem seu conhecimento em nuvens muito menos seguras.

(*) Patrick McKinney é vice-presidente de setor para América Latina, SolarWinds

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

É hora de explicar os tsunamis transformadores da TI para os CEOs

Muitos dos CIOs estão antenados com os desafios, mas lhes falta um discurso mais focado em negócio

As mudanças provocadas pela (r)evolução tecnológica se aceleram a cada dia. Estas rápidas mudanças afetam de forma significativa muitos setores de negócio. Há meros 40 anos a Internet estava engatinhando. A World Wide Web é mais jovem ainda, tem 25 anos. Hoje estamos vendo a chegada de várias ondas que se sobrepõem, criando uma verdadeira ruptura nos negócios e na TI, como Big data, mobilidade, Internet das coisas e cloud computing. É um desafio para os CIOs mas também para os CEOs. Como liderar sua empresa em um cenário onde a única certeza é a mudança contínua? Quais serão as próximas ondas e quando elas estarão sobre nós? O fluxo de criatividade é inesgotável...
Os executivos de negócio e de tecnologia devem entender estas transformações, seus impactos e prepararem suas organizações para sobreviverem à chegada de novos entrantes disruptores ou melhor ainda, para ganharem vantagens competitivas se assumirem riscos e se posicionarem como lideres na adoção das inovações.
Este contexto foi o tema de uma reunião com alguns CIOs que buscavam levar aos seus CEOs a preocupação com estas mudanças, mas sabiam que uma conversa sobre tecnologia não chegaria a lugar nenhum. O CEO não é um tecnólogo e portanto o discurso teria que ser centrado nos impactos das tecnologias nos negócios e não na tecnologia em si.
Que fizemos? Bem, analisamos juntos as ondas tecnológicas e criamos discursos voltados à linguagem do CEO.
Primeiro ponto. A empresa deve buscar ser mais inovadora. Mesmo grandes corporações não resistirão às mudanças se não souberem identificar as ameaças e reagirem rapidamente. Se analisarmos a lista da Fortune 500 de 2009 com a de dez anos antes, 1999, veremos que quase metade das empresas (238 para serem exatas) que apareciam em 1999 não estavam na de 2009. Empresas emblemáticas de setores transformados desapareceram num piscar de olhos. Exemplo? A Tower Records, uma das grandes gravadoras do setor fonográfico teve seu melhor ano em receitas em 1999 e faliu em 2004. A tecnologia está se disseminando e transformando empresas, e mesmo aquelas que se acham distante destas mudanças serão afetadas, mais cedo ou mais tarde. Provavelmente mais cedo...olhar a tecnologia como oportunidade de inovar, criar novos produtos e serviços é obrigatório para os CEOs que quiserem manter sua empresa viva nos próximos anos. Este deve ser o primeiro ponto do CIO em sua conversa com seu CEO. Tecnologia e o setor de TI devem ser vistos como alavancadores de novos negócios e não como meras ferramentas de melhoria operacional.
Para ser inovadora e ágil a empresa tem que ser eficiente, gerenciar custos e minimizar sua complexidade operacional. O discurso sobre cloud computing não é como a tecnologia funciona, e o que é virtualização, mas como o meio que permitirá as empresas serem mais ágeis, reduzirem seus custos e minimizarem a complexidade operacional. Com cloud computing, TI pode dedicar seus preciosos e escassos recursos (humanos e tempo) não a questões de infraestrutura, que não geram valor para o “bottom line” dos resultados, mas à busca de novas oportunidades de negócios. Adotar cloud é uma estratégia essencial para tornar a TI mais ágil e dedicada ao negócio.
Outro assunto a ser conversado com o CEO: a consumerização da tecnologia. O fato é que os clientes usam as mesmas tecnologias que as empresas e muitas vezes a usam até mesmo antes das empresas. Estão acostumados a usar interfaces intuitivos e acessarem serviços como solicitar um táxi a qualquer momento. Por que precisam enfrentar interfaces pouco intuitivos e restrições quanto ao uso dos serviços ofertados pelas empresas das quais são clientes? Portanto, usar mobilidade e desenvolver apps intuitivas nada mais é que atender uma exigência do mercado. Este é mais rápido e inovador que as empresas e portanto o CEO deve ser alertado que restrições quanto à adoção de mobilidade e plataformas colaborativas coloca em risco o futuro da sua organização.
E aí entramos no campo das plataformas de colaboração ou social media. Não se trata de criar páginas no Facebook ou uma conta no Twitter. Isto já está comoditizado. Trata-se de criar mecanismos de participação, envolvimento, engajamento e colaboração direta com os clientes e funcionários. Vivemos em uma sociedade hiperconectada onde nossos clientes se comunicam no seu dia a dia via Facebook e Whatsapp. Porque não podem interagir desta forma com as empresas?
Um erro muito comum que observei na conversa é o discurso sobre Big Data. Não é tecnologia ou o fato de que existe uma verdadeira explosão de dados que motiva o CEO a patrocinar projetos de Big data, mas questões de negócio. Por exemplo um CIO de um grupo universitário me disse que um dos seus problemas é a taxa de evasão. Um projeto que agradaria imensamente ao seu CEO é reduzir esta taxa. Ora, a universidade tem uma montanha de dados sobre seus alunos: perfil (local onde mora, idade, sexo, etc), suas notas e frequência às aulas ao longo do tempo, se está ou não em dia com pagamento e assim por diante. Ora, analisando este grande volume de dados pode-se usar um algoritmo que identifique um padrão de evasão e de forma preditiva permita à universidade usar esta informação para evitar que o aluno vá embora. Este é o valor gerado pela análise de dados. O CIO não estará falando em Big Data como fim, mas como meio para gerar valor para um problema de negócio, que não era possível resolver antes devido a multiplicidade de fontes de dados não integrados entre si.
A conversa deixou claro que muitos dos CIOs estavam antenados com os desafios, mas lhes falta um discurso mais focado em negócios. Os seus principais aliados sempre foram as empresas fornecedoras de tecnologia e estas são deficientes nos discursos de negócios. Vão direto à tecnologia, as características funcionais de seus produtos, que é sua zona de conforto. São portanto de pouca ajuda quando a questão é criar novas oportunidades de negócio ou mesmo resolver um problema que afeta a receita da empresa. A tecnologia é o meio e não um fim em si mesmo. Este deve se o papel de TI e do CIO: usar a tecnologia como meio para aumentar a receita e lucratividade da empresa.
O discurso do CIO deve ser baseado em uma agenda de problemas e desafios que o CEO tem pela frente e nela inserir as tecnologias que irão servir de ferramenta. Falar em Big Data ou entregar tablets aos funcionários será de pouca valia se estas propostas não forem solidamente embasadas em desafios e oportunidades de negócio.

(*) Cezar Taurion é é CEO da Litteris Consulting, autor de seis livros sobre Open Source, Inovação, Cloud Computing e Big Data

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Como fugir das armadilhas em processo de gestão de mudança

É fato que o líder tem papel importante na orientação do processo em andamento, contudo centralizar o poder não é o melhor caminho para o desenvolvimento.
 
Fusões e aquisições, reposicionamento estratégico, reestruturações ou mudanças de tecnologias geram grande expectativa não só nos líderes como também em toda a equipe. Essa ansiedade e a falta de preparação adequada fazem com que muitas organizações cometam erros antes mesmo de iniciar o processo de gestão da mudança. E como não cair nessa armadilha?
 
Antes de qualquer transformação é necessário passar pela fase do diagnóstico, que engloba analisar o momento atual da empresa e verificar o que precisa ser feito para alcançar os objetivos com a mudança. Um dos equívocos mais comuns é quando não se cria um senso adequado de urgência em toda a companhia, já que todos precisam entender as razões da necessidade da mudança e trabalhar de forma focada em prol do objetivo estratégico.
A partir daí, o líder deve “arregaçar as mangas” e traçar um plano adequado e exequível para o cumprimento das etapas da gestão mudança organizacional (GMO), e como cada membro da equipe será envolvido no processo. Muitos executivos se preocupam apenas com os prazos para que a mudança seja implantada e esquecem que o envolvimento de todos os colaboradores é essencial para se obter sucesso.
Além disso, muitas vezes cometem o pecado de não manter um diálogo transparente com suas equipes, contando as razões para a transformação, suas fases, onde se pretende chegar etc. Isso porque acreditam que só devem comunicar algo quando todo o processo estiver mais adiantado, gerando assim insegurança entre os funcionários e, claro, resistência a mudança.
Assim, vemos o quão importante é o líder estabelecer um vínculo de confiança e engajamento o suficiente para fazer com que a empresa atue como um time onde todos, inclusive a alta direção, conheçam as estratégias e saibam a hora certa de colocá-las em prática. Daqui tiramos uma lição: nunca subestime a necessidade que seus funcionários têm de conhecer a visão corporativa da empresa. Até porque o sucesso de uma mudança depende de uma comunicação interna e externa eficaz que alcance todos os níveis da organização.
Quando não se consegue estabelecer uma aliança de orientação e colaboração forte o suficiente, pode-se até conseguir um avanço nas etapas da mudança inicialmente, mas os resistentes ao processo logo aparecerão para tornar mais difícil a sua implementação.
É fato que o líder tem papel importante na orientação do processo em andamento, contudo centralizar o poder não é o melhor caminho para o desenvolvimento. Eliminar obstáculos e estruturas que atrapalham a visão da mudança e desencorajam os colaboradores são medidas que favorecem a sua construção. Ter o conceito de empowerment (descentralização do poder) sempre em mente é fundamental!
Além disso, há empresas que têm a falsa ilusão de que o processo de mudança não apresenta resultados a curto prazo. Pelo contrário, as transformações devem ser sentidas progressivamente por todos que fazem parte da corporação. Contudo, isso não significa que o sucesso é garantido. É preciso acompanhar o caminho da mudança, para que seja possível consertar possíveis erros ainda em suas raízes.
Estruturar a gestão da mudança é um processo complexo que deve unir o corpo executivo e os demais integrantes da empresa. E uma ressalva: não cante vitória antes da hora, pois durante o processo de GMO pode haver etapas que regredirão e precisarão ser aprimoradas. Logo, o melhor a fazer é segurar a ansiedade até que toda a mudança esteja consolidada.
 
Fonte: Jorge Bassalo é consultor e diretor da Strategy Consulting. 
 

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

AUDITORIA EM INFORMÁTICA


 
Observamos ao longo dos anos, um amplo crescimento das bases de TI devido a sua importância estratégica, fato propulsor de maiores investimentos em relação ao aumento dos controles sobre os departamentos de processamento de dados, já que estes controlam informações vitais à empresa.

Este controle é feito através de um processo de Auditoria, que visa mitigar os riscos e descobrir possíveis irregularidades. A Auditoria de TI também identifica se a TI está alinhada ao rumo dos negócios, ponto considerado como fundamental para o sucesso de qualquer projeto de TI dentro de uma determinada organização, seja ela pública ou privada.

Como no passado, a base da investigação era restrita ao setor de finanças, as empresas não viam o porquê de manter um departamento somente de auditores, preferindo contratar empresas prestadoras deste serviço.

A prática deste tipo de auditoria iniciou-se nos Estados Unidos e na Europa na década de 80. Como as técnicas de processamentos e as maneiras de burlar os controles veem evoluindo de maneira rápida, os auditores devem estar sempre atentos a tais mudanças.

A Auditoria do Ambiente de TI “atualmente” deve abranger:

. Coordenação de Problemas;

. Coordenação de Mudanças;

. Gestão da TI;

. Recuperação de desastre;

. Capacidade dos Sistemas;

. Desempenho dos Sistemas;

. Desenvolvimento de Sistemas;

. Sistemas terceirizados;

. Integração dos sistemas (ERP, sistemas legados, sistemas específicos);

. Análise dos sistemas, infraestrutura  e recursos de TI em Nuvem;

. Políticas de Segurança da informação;

. Análise do datacenter (local, segurança e acessos);

. Análise de contratos junto aos fornecedores da TI;

. Distribuição dos Custos;

. Políticas sobre o uso das redes sociais;

. Políticas sobre o uso dos recursos de TI;

. Políticas sobre o uso da rede lógica;

. Alinhamento TI x Negócio;

. Comitê de gestão da tecnologia da informação – TI;


Perfil do Profissional Auditor em Informática


O auditor de informática é aquele profissional ou empresa, que foi designado pela alta administração da empresa para avaliar, examinar e descobrir os pontos falhos e a devida eficácia dos departamentos por ela vistoriados.

O auditor deve ser um profissional de grande conhecimento da área de processamento de dados e todas as suas especificidades. Deve ter objetividade, discrição, raciocínio lógico e principalmente um sentimento real de independência, ou seja, os seus pareceres intermediários ou finais, devem “possuir uma personalidade própria”.

 Posicionamento da Auditoria dentro da organização

 Este setor deve ser totalmente independente dos outros setores a fim de que não tenha influências no seu desempenho. Deve estar ligado diretamente à alta administração da empresa. Outro ponto importante é a existência de um planejamento prévio, em nível de datas, de quando e como irão ocorrer as auditorias. O sigilo deste planejamento é importante para que não haja acertos de última hora que irão resultar em relatórios não condizentes com a realidade, prejudicando o desempenho da organização.

 Importância da Auditoria e suas fases

 Como já foi dito, a auditoria dentro de um departamento, principalmente na área de processamento de dados, é de vital importância para empresa, já que através desta a alta administração deverá ditar os rumos da empresa, além de evitar fraudes e garantir o bom desempenho dos setores aditados.

Este processo é composto de: Pré-Auditoria, Auditoria e Pós-Auditoria.


. Pré-Auditoria:

Nesta fase é enviado ao departamento a ser auditado um anúncio, através de uma notificação formal do setor de auditoria ou pelo setor de Controle Interno da empresa.

Este anúncio deve ser feito com até duas semanas de antecedência e deverá

especificar quais serão as áreas a ser auditadas, com seus respectivos planos de trabalho. Ainda dentro desta fase, serão feitas as primeiras reuniões da alta administração com os auditores visando esclarecer os pontos e planos de trabalho.

Nesta fase o grupo Auditor deve preparar as atividades administrativas necessárias para a realização da auditoria, definir as áreas a auditar, orientar o grupo de auditores quanto a estratégia a ser adotada, preparar o documento de anúncio e anunciar o setor da Auditoria.

O setor a ser auditado deve preparar as atividades administrativas de apoio ao Grupo Auditor, educar o pessoal do setor quanto ao processo que será utilizado, deliberar (resolver após a exanimação) quais informações são necessárias ao processo e fazer uma revisão final no setor.

 . Auditoria:

Terminadas as reuniões iniciais e após definir as ações que serão tomadas, inicia-se a auditoria. O Auditor-chefe fará as solicitações por escrito e com data de retorno do representante do setor auditado.

De acordo com as datas preestabelecidas (na pré-auditoria) serão feitas reuniões

onde os fatos identificados serão expostos e é entregue um relatório destes fatos ao representante do setor auditado para que este emita, por meio de outro relatório as razões de estar em desacordo.

Se tais razões não forem aceitas pelo grupo Auditor, elas farão parte do relatório denominado Sumário Executivo, que é apresentado à alta diretoria da empresa. Dentro deste mesmo relatório constará uma Avaliação Global da situação da área de informática que está sendo auditada.

Geralmente a auditoria dura cerca de seis semanas.

Nesta fase, o Grupo Auditor deve avaliar os Controles(ou seja, como a área auditada funciona); documentar os desvios encontrados (falhas); validar as soluções, preparar o relatório final e apresentá-lo para a Presidência.

O Setor Auditado deve prover as informações necessárias ao trabalho da auditoria, analisar a exposição dos desvios encontrados, entender os desvios encontrados, desenvolver planos de ação que solucionarão os desvios encontrados, corrigir as exposições e revisar o Sumário Executivo.

. Pós-Auditoria:

Terminada a auditoria, o grupo auditor emite um relatório final detalhando as suas atividades. Este relatório conterá o objetivo da Auditoria, as áreas cobertas por ela, os fatos identificados, as ações corretivas recomendadas e a avaliação global do ambiente auditado. Este relatório é enviado a todas as linhas administrativas, começando pela presidência e terminando no representante do setor auditado. Nesta fase, o Setor Auditado deve solucionar os desvios encontrados pela auditoria, preparar resposta ao Relatório Final e apresentar para a Presidência, administrar conclusão dos desvios e manter o controle para que os erros não se repitam e a eficácia seja mantida. O Grupo Auditor deve distribuir o Relatório Final, revisar resposta recebida (soluções e justificativas apresentadas), assegurar o cumprimento do compromissado e analisar a tendência de correção.

 Inter-Relação entre auditoria e segurança em informática

 Resumindo, podemos dizer que a segurança e a auditoria são interdependentes, ou seja, uma depende da outra para produzirem os efeitos desejáveis à alta administração. Enquanto a segurança tem a função de garantir a integridade dos dados, a auditoria vem garantir que estes dados estejam realmente íntegros propiciando um perfeito processamento, obtendo os resultados esperados.

Com isso, concluímos que para que uma empresa continue competitiva no mercado, ela deve manter um controle efetivo sobre as suas áreas e isso é feito através do processo de auditoria.

 Introdução


Segurança da informação é o processo responsável pela proteção dos bens da informação (dados, imagem, texto e voz no computador), e contra uso indevidos e perdas de bens de informação. Hoje em dia, a segurança de informação é o tópico mais importante em uma empresa, pois dá garantia ao que chamamos de proteção das informações da empresa em todos os aspectos.

Para se ter um ótimo controle de acesso as informações em uma grande empresa é indispensável o uso das melhores práticas em se tratando de Segurança da Informação como exemplo a aplicação da norma da ISO 27002.

 É necessário que a organização siga as recomendações visando mitigar os riscos inerentes a qualquer ambiente que utilize qualquer tipo de processamento de dados.


A atividade de auditoria em segurança de informação

A auditoria tem como verificar se os requisitos para segurança da informação estão implementados satisfatoriamente, mantendo a segurança nos dados da empresa e verificando se os seus bens estão sendo protegidos adequadamente.

Inicialmente o auditor deve revisar o plano aprovado, ou seja, verificar se o método utilizado para proteção de informações é o melhor ou se precisa sofrer alguma atualização, sempre relacionado com o esquema de trabalho a seguir dentro da área que está sendo auditada.

Depois de terminado o estudo do plano, o auditor solicita os procedimentos necessários para descrever as diversas atividades que exige uma Segurança em Informática. Esses procedimentos serão confrontados com a realidade do dia-a-dia dentro do departamento, ou seja, verificando se todos os procedimentos necessários à Segurança em Informática são corretamente utilizados no departamento que está sendo auditado.


Na investigação o Auditor deverá revisar os seguintes itens, verificando se:

. O proprietário (aquele que tem permissão para acessar certo conjunto de informações), periodicamente faz uma revisão em todos os dados que ele possui acesso para verificar se houver perdas, alterações, ou outros problemas de qualquer natureza. A Gestão deve ser avisada sobre os resultados obtidos através da revisão tanto quando eles forem favoráveis (os dados estão corretos) ou quando for encontrada alguma irregularidade.

. Todos os proprietários estão identificados, ou seja, os que possuem acesso a um conjunto de informações específicas;

. Os inventários são realizados conforme requerido, padronizados e periodicamente;

. Os dados possuem a proteção necessária para garantir sua integridade, protegendo-os  contra acessos e alterações indevidas;

. As documentações necessárias devem ser avaliadas pelas áreas competentes, garantindo que estas demonstrem o que realmente ocorre dentro da área a que se está referindo as documentações;

. Quando ocorrem desastres desde um erro de digitação até a perda total dos dados de um banco de dados, existe um plano de recuperação em caso de desastre que são testados conforme requerido. Por exemplo, existem os sistemas de backup e recovery,

isto é, os dados mais importantes devem possuir cópias evitando transtorno em caso de acontecimentos inesperados, verificando sempre se essas cópias estão seguras evitando problemas;

. Os programas críticos, ou seja, os programas de sobrevivência da empresa mais importantes são seguros o suficiente que qualquer tentativa de fraude não consiga alterar o sistema;

. Um terminal tem acesso somente as informações inerente àqueles que irão manipulá-lo, ou seja, um terminal no setor de Finanças só proverá informações ligadas a este setor e seus processos, não terá acesso às informações relacionadas ao setor de Recurso Humanos. Por sua vez, estes terminais podem possuir senhas próprias, podendo ser acessado somente pelos envolvidos a este setor que estejam autorizados a possuírem tais informações, estando protegido assim, contra acessos não autorizados, ou utilizado outros métodos, pois depende de que área encara como segurança da informação;

. As senhas devem possuir suas trocas automáticas garantidas, pois é muito arriscado para uma empresa, principalmente empresas de grande porte, manter uma mesma senha por um grande período;

. O processo de auto-avaliação desta área foi feito e concluído com sucesso;

. Todos os usuários estão autorizados para o uso do computador, isto é, qualquer pessoa não autorizada a manipular dados dentro do sistema possa obter informações sem influenciar o sistema. Ex.: alterações.

. Verificação do acesso físico ao ambiente de TI;

. Verificação do acesso físico ao Datacenter;

. Verificação da política de contratação de serviços na Nuvem; (aspecto     físico, contrato);

. Verificação dos extintores de incêndio presentes no Datacenter (prazo de validade, extintores adequados ao ambiente);

 Governança de TI

O auditor de TI deve avaliar os níveis de governança de TI aplicado na empresa, verificar se existem investimentos aplicados quanto à formação e certificação dos colaboradores da área de TI, em ferramentas como: ITIL, COBIT, ISO27002, BSC.

 
Comitês de Gestão da TI

 O auditor deve revisar se a estrutura atual do comitê de gestão da TI está devidamente alinhada ao rumo dos negócios da empresa.

É necessário dar apoio ao comitê de gestão de TI no sentido de que o mesmo obtenha êxitos nos seus propósitos, visto que, observamos atualmente um grande desalinhamento entre tais comitês e os rumos dos negócios de acordo com a alta-administração, o que determina muitas vezes no atraso de projetos e até mesmo no fraco desempenho da empresa perante o mercado.

Artigo Autoria: Professor Pedro Carvalho – Analista de Sistemas, SP

Revisão e atualização de textos Carlos Renato Maia – Gerente de Auditoria Externa da Nardon Nasi Auditores Independentes - RS.